As bandeiras são municipais!
Desde a instituição do sistema de bandeiras pelo Governo do Estado do RS, o anúncio semanal do governador Eduardo Leite, e sua equipe científica, voltou-se ao controle substancial dos números e indicadores por microrregiões, com base em diversas variáveis que são hoje objeto de recursos a cada semana, e de terríveis incertezas a cada sexta-feira em que o novo grau da penalidade restritiva é noticiado à população.
Municípios que tomaram medidas antecipadas de planejamento estrutural na saúde, e que buscaram cumprir obediência ao distanciamento social de forma organizada, terminaram punibilizados por bandeiras mais gravosas, geradas, muitas vezes, pela falta de planejamento ou de cuidados da população nos municípios vizinhos.
Após a desproporcional imposição da manutenção da cor da bandeira para duas semanas, no caso de municípios que fossem repetidamente incluídos na mesma classificação de cores, o cenário - que já era grave - tornou-se devastador para as empresas, para os empregos e para o equilíbrio psicológico de adultos e de crianças.
O somatório das exigências e controles passou a uma total imprevisibilidade, considerando-se o fato de que não é de competência de um município a fiscalização dos municípios limítrofes. E muito menos o controle de uma microrregião inteira.
Vivemos presentemente o resultado de uma quarentena revestida de ciência que foi iniciada cedo demais, que não resolveu o desastre anunciado da estação do inverno e não entregou quaisquer certezas que não a da enorme dose de sacrifício de toda a população gaúcha. Os resultados entregues pelas “comissões científicas” são rotineiramente mesclados de certezas sobre o nada saber no médio e no longo prazo.
Portanto, as bandeiras precisam ser municipalizadas.
As bandeiras precisam tornar-se tema de enfrentamento minucioso, intransferível e de competência precípua dos municípios.
É preciso que os prefeitos assumam a defesa de seus munícipes e de suas empresas, com os critérios e ajustes locais de protocolos e regramentos de distanciamento social.
Um pensamento coletivo local é, sem dúvida, muito mais assertivo e mais democrático.
Por isso a ACI-NH/CB/EV defende que, de forma inteligente e comprometida, os nossos prefeitos e prefeitas façam a diferença e entreguem à população um resultado de mais previsibilidade e de resultados para todos!
ACI-NH/CB/EV