ACI participa de Congresso da Federasul, que debateu reconstrução do RS

Por ACI: 01/07/2024

A ACI esteve presente, através do presidente Robinson Klein e do diretor Fauston Saraiva, ao 20º Congresso da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), realizado no último fim de semana, em Bento Gonçalves e que reuniu cerca de 230 dirigentes de ACIs. O evento demonstrou a união das ACIs e vai resultar na elaboração de uma carta ao governo federal, em que solicitarão a liberação de recursos para a reconstrução do RS. 

O tema foi debatido em um dos painéis do evento, realizado simultaneamente com o 3º Mulheres Empreendedoras. O painel Convergências nas políticas públicas para o resgate através do empreendedorismo teve a participação dos deputados federais Pedro Westphalen e Osmar Terra, do prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira, do ex-governador do RS Germano Rigotto, do presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, e dos vice-presidente de Integração e de Infraestrutura da entidade, Rafael Goelzer e Antonio Carlos Bacchieri. O secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, representando o governador Eduardo Leite, fez uma fala antes do painel.

“Nós vamos fazer, seguir em frente e dar exemplo. Não vamos parar” afirmou o presidente da Federasul. Rodrigo Sousa Costa criticou a insuficiência dos recursos do governo federal. “A mão estendida do povo brasileiro não é a mesma do governo federal. Ele está resolvendo o problema dele com uma narrativa”, disse.

O prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira, também fez críticas à atuação do governo federal na ajuda ao RS pós-calamidade. “O nosso governo já perdoou dívidas de outros países por questões humanitárias. Se o que vivemos não é o suficiente para que o governo federal nos ajude, eu não consigo imaginar o que tem que acontecer em algum estado”, declarou.

Já o deputado federal Pedro Westphalen defendeu que a adoção de medidas semelhantes às que ocorreram durante a pandemia pelo governo federal. “O que precisamos é de dinheiro, algo que já foi feito em todo o Brasil. Ninguém passou trabalho e não faltou dinheiro para a saúde. Estamos feridos de morte, na UTI, e precisamos da mão estendida do governo federal, que está perdido com narrativas”, afirmou o parlamentar. O deputado federal Osmar Terra acredita que a existência do Ministério Extraordinário para Reconstrução do RS não é necessária. “Precisamos de menos campanha política e mais resultados para o povo do Estado do Rio Grande do Sul”, disse.

Auxílio a fundo perdido

 “Nós precisamos de valores a fundo perdido para a reconstrução das cidades afetadas. As ações do governo federal devem ser equivalentes ao tamanho dessa catástrofe que estamos vivendo”, afirmou o vice-presidente de Integração da Federasul. Rafael Goelzer defendeu que parlamentares e lideranças empresariais combatam a narrativa do governo federal agindo diretamente. “Precisamos que nossos deputados levem isso ao Congresso Nacional e que cada um de vocês, senhoras e senhores, vá às rádios e aos jornais de seus municípios e tragam a verdade”, apelou Goelzer.

Já o vice-presidente de Infraestrutura da Federasul, Antonio Carlos Bacchieri, foi direto em defender que a obra prioritária para a reconstrução é a do aeroporto do Salgado Filho. A liderança da entidade explicou que parte da economia do RS passa pelo aeroporto, com destaque para o turismo. Ele também demonstrou o anseio para que saia do Congresso uma posição firme para esta prioridade.

Governo do Estado

Antes do evento, o secretário de Desenvolvimento Econômico e representante do governador no evento, Ernani Polo, reconheceu o “momento desafiador” que o Estado passa e elogiou a realização do Congresso. “A reconstrução passa por ações que envolvem as prefeituras, o estado, a união e a sociedade civil organizada”, afirmou. Ele também salientou a importância das federações e da iniciativa privada nesse contexto. “A reconstrução é um desafio longo que seguramente vai passar por mais de um governo. A iniciativa privada é essencial para mantermos o rumo. Nós vamos nos reerguer”, afirmou Polo.

 

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