ACI realiza Projeto ACI em Arte, espaço cultural para valorizar arte, cultura e história da região

Por ACI: 17/06/2024

O Espaço Conexão ACI recebe, desde a última sexta-feira, 14, o Projeto ACI em Arte, com a exposição de obras pintadas por artistas locais de grande projeção, até mesmo internacional, entre eles Ernesto Frederico Scheffel. A série "Arte e história que habitam em nossas vidas" contém obras do acervo particular de José Flávio Bueno Fischer, que, durante dois meses, vai compartilhá-las com os visitantes da entidade empresarial no Centro de Novo Hamburgo, numa iniciativa do Comitê de Educação e Cultura com participação e apoio da Fundação Scheffel.

Ao final deste período, obras de outros artistas ou peças artísticas e históricas terão este espaço de destaque na entidade, numa proposta de novas obras e objetos a serem apreciados pela comunidade, num rodízio cultural.

“A cultura e educação são as bases do desenvolvimento da região, que tem entre os seus talentos da arte nomes que, retratando a realidade e os valores locais, ganharam projeção além-fronteiras. Apresentar suas obras a todos os que visitam a ACI diariamente é reverenciar seu talento e inspirar outros a seguirem o mesmo caminho e apreciar o belo que suaviza e inspira o nosso viver”, afirma a vice-presidente de Educação e Cultura da ACI, Cristine Schneider da Rocha.  

 

Obras expostas

Carlos Alberto de Oliveira – Novo Hamburgo, 1951-2013
MUSEU DE ARTE SCHEFFEL
Óleo sobre tela – 70cm x 50cm
Novo Hamburgo, 1994

 

Carlos Alberto de Oliveira – Novo Hamburgo, 1951-2013
MUSEU COMUNITÁRIO CASA SCHMITT-PRESSER
Óleo sobre tela – 30cm x 40cm
Novo Hamburgo, 1992

 

Flávio Scholles – Morro Reuter, 1950
MULHER
Óleo sobre tela – 90cm x 70cm
Dois Irmãos, 1993

 

Ernesto Frederico Scheffel – Campo Bom, 1927-2015
PÊSSEGOS
Óleo sobre madeira – 19cm x 24cm
Novo Hamburgo, 1997

 

Perfil dos artistas

CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA

Pintor hamburguense nasceu em 1951 e faleceu em 2013. Filho de operário em curtume, Carlão, como é mais conhecido, ganhou uma bolsa para estudar arte na Escola de Belas Artes, em 1968. Em 1974, expôs pela primeira vez no Centro de Pesquisa de Arte e, no ano seguinte, expôs em seis oportunidades em Porto Alegre, além de participar do IV Salão do Jovem Artista do Rio Grande do Sul. Em 1983, realizou no Museu de Arte do Rio Grande do Sul uma exposição sobre a discriminação do negro, com 25 trabalhos expostos, entre pinturas e desenhos.

Segundo a Escola Municipal de Arte Carlos Alberto de Oliveira, é um dos nomes mais importantes das artes visuais de Novo Hamburgo, do Rio Grande do Sul e do Brasil. Para além de um trabalho profundamente voltado à cultura popular e aos acontecimentos cotidianos das pessoas, sua obra marca a história da nossa cidade, tendo participado de muitos momentos importantes da arte hamburguense, como o movimento Casa Velha, nos anos de 1970, juntamente com Marciano Schmitz e Flávio Scholles.

Artista de grande habilidade no desenho e na pintura, retratou cenas de trabalho e lazer de uma cidade dedicada, por muito tempo, a produção calçadista: esteiras de fábricas, lojas, jogos de futebol, bailes de carnaval, cenas de bar.

Representante da arte naif, recebeu menção honrosa na Bienal Naïfs do Brasil em 1996, em Piracicaba/SP, e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul-MARGS possui obras suas em seu acervo.  Em suas pinturas de cores vivas, imperam o amarelo, o azul, o verde e o vermelho, contornados com o traço preto marcante. Uma obra que fez da presença de coletivos de pessoas uma de suas marcas mais fortes e faz de todo apreciador um discípulo do valor das coisas simples da vida.

FLÁVIO SCHOLLES

Nascido em Morro Reuter, em 1950, o pintor rio-grandense é licenciado em desenho plástico pela PUC de Campinas/SP, tendo iniciado sua formação em artes na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O tema central de sua pintura é a colonização alemã. Em 1977, idealizou e fundou o movimento de Arte Casa Velha, em Novo Hamburgo, que tinha como um dos objetivos radicar o artista em seu local de origem.

Entre diversas obras públicas, é de sua autoria o Monumento ao Sapateiro (1979), em Novo Hamburgo. Realizou mosaicos e painéis para igrejas como na Vila Scharlau, em São Leopoldo, a Via Sacra, da Igreja de Três Cachoeiras, e em Terra de Areia, RS, em 1980/1981.

Na década de 1980, participou de diversas exposições, entre elas Coletiva do Kraft – Escritório de Arte – Porto Alegre, RS; Coletiva na Galeria de Arte Contemporânea – Novo Hamburgo, RS: 9° Salão Nacional de Arte (FUNART – Região Sul); Museu de Arte do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, RS; Coletiva na Galeria Gestual – São Leopoldo, RS; 49° Salão de Artes Plásticas do Paraná – Curitiba, PR, Trabalho coletivo apresentado pelo grupo Valão e Coletiva na Galeria André – São Paulo, SP, Junto a seis artistas gaúchos, liderados por Carlos Scliar. Em 1995, realizou exposições individuais na Alemanha: em Kunstgallerie St. Wendeler Volsksbank e G. St. Wendeler Saarland. Atualmente, Scholles mantém atelier em Morro Reuter e continua com intensa atividade artística.

ERNESTO FREDERICO SCHEFFEL

Nascido em Campo Bom em 8 de outubro de 1927 e falecido em Porto Alegre, em 16 de julho de 2015, foi um pintor, restaurador e compositor brasileiro. É descendente de imigrantes alemães, oriundos de Berghausen, na Vestfália. Aos oito anos de idade, sua família mudou-se para o bairro Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo, onde recebeu as primeiras noções de pintura a óleo sobre madeira.

Em 1941, iniciou os estudos na Escola Técnica Parobé, como aluno interno e bolsista, e no Instituto de Belas Artes, em Porto Alegre, onde foi aluno de João Fahrion, Angelo Guido, Fernando Corona, José Lutzenberger, João Cândido Canal e Benito Castañeda.

Em 1950, viajou para o Rio de Janeiro, com bolsa de estudos por seis meses, mas acabou permanecendo por oito anos, participando do Salão Nacional de Belas Artes. Em 1958, recebeu o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro do Salão Nacional de Belas Artes. Em 1959, Scheffel viajou para a Europa, passando por diversos países, antes de radicar-se em Florença.

Retornou ao Brasil em 1974, para as celebrações do Sesquicentenário da Imigração Alemã, para a realização de uma exposição retrospectiva, que resultou na possibilidade de criação do museu Scheffel para abrigar o seu legado artístico. Na Fundação Ernesto Frederico Scheffel, inaugurada em 1978, suas obras estão em exposição permanente e a instituição realiza ainda eventos culturais.

SERVIÇO
- Projeto ACI em Arte - Série Arte e história que habitam em nossas vidas
- Realização ACI
- Apoio: Fundação Scheffel e Bora Club – Conexões e Experiências
- Espaço Conexão ACI – Térreo da ACI (Rua Joaquim Pedro Soares, 540, Centro, em NH)
- De segunda à sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h às 17h30min

 

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