Boleto falso – como prevenir e proteger seu negócio

Por ACI: 24/03/2023

O golpe do boleto falso, embora não seja novo, continua ocorrendo. Mas temos como prevenir e evitar esse problema. O uso da tecnologia oferece uma série de vantagens. Uma delas é a facilidade de pagar contas sem sair de casa ou do escritório.

Por outro lado, existem pessoas mal-intencionadas sempre atentas, procurando falhas ou descuidos, com o objetivo de praticar fraudes. Mas quando e onde os boletos são adulterados?

Abaixo alguns exemplos:

  1. Os boletos podem ser adulterados na origem.

No sistema do próprio emitente do boleto, sem que ele saiba, um vírus realiza a adulteração dos dados do boleto, e o boleto acaba sendo enviado para o cliente já adulterado.

  1. Os boletos podem ser adulterados no destino.

O devedor recebe um boleto autêntico, mas, como o seu computador está infectado por um programa ilícito (vírus), o boleto é adulterado.

  1. Acesso a um link falso de emissão de boletos.

Em compras no formato on-line, onde o cliente clica em um link para geração do boleto, o direcionamento ocorre através de um link falso. Este link falso pode ser gerado no computador do consumidor/cliente ou da própria loja, por causa de um programa ilícito (vírus).

Por isso, compilamos algumas dicas de proteção citadas por especialistas no assunto:

  1. desconfie sempre de boletos enviados via e-mail, apps de mensagens ou redes sociais;
  2. ao escanear um boleto, verifique se o nome do favorecido é o mesmo da instituição para a qual se está pagando o valor. Se o beneficiário for desconhecido, desconfie;
  3. confira os três primeiros dígitos do boleto para verificar se são o do código do banco para o qual se está efetuando o pagamento. Por exemplo, se seu boleto é para ser pago para o Itaú, cujo código é 341, e começa com 237 (que é do Banco Bradesco), esse boleto é falso. Os códigos dos bancos podem ser encontrados no site da Febraban;
  4. opte por fazer o download do documento diretamente do site da instituição. Evite usar os que chegam por e-mail. Ao acessar o site, contudo, cheque para confirmar se o endereço eletrônico é o oficial, se está criptografado. É só verificar na barra de endereço se a URL do site começa com HTTPS antes do WWW e está acompanhada de um cadeado. Isso determina que o site tem o Certificação Digital SSL, indicativo de que ele é seguro;
  5. mantenha o antivírus atualizado do seu dispositivo, seja computador ou celular;
  6. evite fazer transações bancárias ou baixar boletos em wi-fi público;
  7. prefira utilizar o leitor de código de barras ao invés de digitar os números, já que em muitos golpes o código de barras é adulterado. Se um código de barras não funcionar, desconfie;
  8. verifique se os dados do boleto e as informações do beneficiário são os mesmos que aparecem ao escanear o código de barras;
  9. aderir ao Débito Direto Autorizado (DDA). Ao se cadastrar, o cliente irá receber a versão eletrônica de todos os boletos emitidos em nome dele. Como o serviço pega as informações direto da plataforma de cobrança, evita-se o risco de o documento ser fraudado por um golpista se fazendo passar por uma loja ou empresa prestadora de serviço.

Assim, seja de forma preventiva ou, se a sua empresa está sendo vítima do golpe do boleto falso, a sugestão é o envio de um comunicado alertando sobre essa prática fraudulenta, com orientações sobre os procedimentos de validação (como acima exemplificado), e informações sobre os canais de contato oficiais da sua empresa, para esclarecimentos em caso de dúvida.

MARCELO GUSTAVO BAUM - ADVOGADO
Consultor cível e comercial e integrante do Comitê Jurídico da ACI-NH/CB/EV/DI
Baum & Kessler Sociedade de Advogados

 

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