Comunicação eficaz ajuda a atrair e reter talentos

Por ACI: 26/11/2024

Um processo de comunicação eficaz é importante para que também as pequenas possam atrair e reter talentos, uma dificuldade que se acentuou nos últimos anos e desafia os profissionais ligados à área de desenvolvimento humano. A gerente de gestão de pessoas da Unisinos, Sandra Lissot, afirma que, independentemente de seu tamanho, a equipe precisa entender o que a empresa quer dela e o líder precisa saber inspirar pessoas.

“Não é só por salário que as pessoas permanecem nas empresas. O reconhecimento, a possibilidade de contribuir e as oportunidades de crescimento são fatores a que todos, especialmente os mais jovens, atribuem grande importância”, destaca.

Em palestra na segunda edição da Confraria dos Pequenos Negócios em Campo Bom, nesta segunda-feira, 25 de novembro, Sandra apresentou uma série de dicas para a retenção de talentos. Abordando o tema Reter talentos: o diferencial das pequenas empresas na superação dos desafios de liderança, disse que elogios, agradecimentos e feedbacks verdadeiros aproximam as pessoas e fazem a diferença no trabalho.

A comunicação formal, por vezes, apresenta falhas, por isso um diálogo franco, que permita esclarecer dúvidas e propor sugestões, é recomendado. “Tem que falar o óbvio”, acrescentou a palestrante, que destaca que, mesmo em empresas de pequeno porte, deve-se tirar um horário do dia para que reuniões rápidas. “Pode ser no início da amanhã e durar 10 ou 15 minutos, mas é importante que problemas, se houver, possam ser resolvidos e feedbacks verdadeiros possam ser dados à equipe, pois até mesmo quem faz um bom trabalho precisa ser direcionado”, explicou.

Ambiente de trabalho

Conforme Sandra, um bom ambiente de trabalho deve incluir, entre outros benefícios, um local em que as pessoas possam almoçar de forma adequada e estimular o acesso plataformas e sites para o desenvolvimento de novas habilidades. “A gente precisa estimular o acesso a novos recursos de formação e capacitação”, disse. Para Sandra, a inserção de outras gerações favorece a troca de experiências no ambiente de trabalho e os jovens precisam ter a liberdade de cometer erros e pipocar (mudar de setor) na empresa.

Tal como a equipe, o líder deve buscar conhecimento, dar exemplo, interessar-se verdadeiramente pelo bem-estar e conhecer as expectativas do time, o que é naturalmente percebido e gera credibilidade.

Sandra citou a Teoria da Aprendizagem, segundo a qual 70% do que se aprende provêm da interação e do ato de fazer as coisas, por isso estágios e especializações devem fazer parte do programa de desenvolvimento de pessoas também dos pequenos negócios.

Conforme Sandra, a sociedade é feita de pequenas bolhas e muitas realidades. Oferece oportunidades para todos, que, entretanto, precisam ter disposição e estímulo para buscá-las. “É ilusão pensar que as pessoas ficarão ad eternum (para sempre) na empresa. Ciclos se encerram e correções de rota são necessárias, mas tudo deve ser feito de forma respeitosa e com diálogo”, concluiu.

A Confraria dos Pequenos Negócios em Campo Bom teve moderação de Juliana Bondan, integrante do Comitê Regional da ACI. Leve e informal, o evento tem como objetivo gerar conexões e networking entre os participantes para a construção de uma rede qualificada de empreendedores e gestores de micro e pequenas empresas e autônomos.

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