Conselho consultivo cabe em empresas de todos os portes e tipos de sociedade

Por ACI: 10/11/2021

A criação de um conselho consultivo e a contratação de um conselheiro externo independente pode ser o primeiro passo das empresas no mundo da governança. A afirmação é de Daniel Blumenthal, presidente do Conselho de Administração da Petrobahia e conselheiro com atuação em diversas empresas familiares, palestrante do quarto e último encontro do Fórum Governança em Empresas Familiares de Pequeno e Médio Porte, realizado nesta quarta-feira, 10, pela ACI e pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Conforme ele, governança corporativa é um processo que tem início e está sempre sujeito a aperfeiçoamentos. “Conselhos cabem em empresas de todos os portes e com todos os tipos de estrutura societária e de controle”, disse.

Em sua palestra, Daniel abordou o tema coordenação entre a governança corporativa e a familiar e enfatizou que o sucesso do trabalho depende da forma como os sócios e a empresa, independentemente de seu porte, enxergam ou não valor no papel do conselheiro e no processo de implantação da governança corporativa. “Inteligência é fator chave para o trabalho de um conselheiro, que é muito dinâmico e envolve diversas empresas, muitos negócios e interlocução com muitos profissionais”, acrescentou.

Papeis de um conselheiro

Conforme Blumenthal, os papeis de um conselheiro, tanto numa empresa de pequeno quanto de grande porte, são ajudar no processo decisório de pontos relevantes, mediação de conflitos ou divergências de opiniões entre os diversos sócios (familiares ou não), trazer uma visão externa, diferente daquela desenvolvida dentro da empresa, e diminuir a ‘solidão do poder’, que é a necessidade de um diretor tomar decisões sem ter com quem dialogar

O palestrante disse que o conselheiro deve ter o ‘nariz dentro e as mãos fora da empresa’, isto é, deve identificar a cultura da empresa, mas não agir no dia a dia dela. E, citando o empresário Roberto Faldini, afirmou que o conselheiro deve ser alfaiate, bombeiro e chaveiro, referindo-se às tarefas de costurar acordos, apagar incêndios e abrir portas à empresa. “O conselheiro também precisa respeitar a todos os interlocutores, não fazer sombra a ninguém dentro da empresa e agir como algodão entre cristais, evitando quebras das quais não se possa voltar a atrás”, enfatizou.

Atitudes recomendáveis

Daniel Blumenthal listou dez atitudes recomendáveis de um conselheiro.

1 – Saber ouvir e respeitar a cultura da empresa e da família

2 – Conquistar a confiança da família

3 – Não se alinhar a ninguém de forma automática

4 – Manter contato permanente com a família e os executivos da empresa

5 – Saber o timing das decisões

6 – Buscar equilíbrio entre decisões 100% racionais e o respeito a acionistas e familiares

7 – Identificar os momentos chave para grandes decisões

8 – Apoiar e avaliar o desempenho de acionistas e familiares na gestão

9 – Apoiar o desenvolvimento de membros da família

10 – Manter boa relação com a família e a empresa.

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Realização – ACI e IBGC.

Texto postado por GBM Comunicação

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