Dicas para evitar conflitos e facilitar sucessão em empresas familiares
As pequenas empresas familiares também devem adotar medidas para evitar conflitos e facilitar a sucessão. Iniciativas como acordo de sócios, reuniões periódicas para análise de indicadores e tomada de decisões, ascensão por meritocracia e a valorização de ideias diferentes, especialmente de integrantes de gerações diferentes gerações que convivem na empresa, ajudam a tornar o dia a dia mais harmônico e o negócio mais próspero.
Estas dicas, entre outras, foram dadas por Daniel Campos, contador e diretor, e Elaine Campos, contadora, sócia-fundadora e diretora da Campal Assessoria, aos participantes da 3ª Confraria Empresarial: Campo Bom, que a ACI realizou nesta segunda-feira, 31, no Gastropub Imigração, em Campo Bom. Na abertura, o vice-presidente regional, Eduardo Luiz Gottlieb, destacou o objetivo do evento de promover a interação e a troca de conhecimentos sobre o assunto.
Abordando o tema Empresas Familiares e Gestão de Conflitos, Daniel e Elaine relataram a experiência da empresa, que completa 37 anos de atividades em 2025, com o tema. “Sucessão, na nossa empresa, ocorre desde o primeiro dia’’, disse Elaine, que fundou a Campal, juntamente com o esposo.
Conforme Daniel, os conceitos de governança adotadas na Campal renderam muitos ensinamentos, como a convicção de que a estratégia não se aplica somente às grandes empresas, como muitos acreditam. Umas das sugestões dele é a realização de um acordo de sócios. Ao contrário do contrato social, que é abrangente, o acordo de sócios define questões do dia a dia, como horário de trabalho, retiradas e férias. “Mas não existe uma fórmula pronta. Cada empresa deve fazer o seu acordo. Quando tudo está definido, melhor pode-se lidar com conflitos, se e quando eles ocorrerem”, enfatiza.
Reuniões periódicas de sócios para análise de indicadores da empresa e tomada de decisões também são indicadas, conforme Daniel. O diretor da Campal destaca que elas devem ter uma pauta e um coordenador e gerar uma ata. Nelas, o responsável financeiro deve prestar contas aos demais e agir com transparência. “Empresas onde as coisas são escondidas debaixo do tapete não prosperam”, alerta Elaine.
A valorização de ideias diferentes e o equilíbrio emocional dos sócios diante de situações difíceis, conforme Daniel de Campos, ajudam a evitar conflitos e resolver problemas naturalmente. “É importante que um dos sócios sempre atue com conciliador e problemas entre os sócios jamais devem ser revelados fora da empresa, pois isso atua como propaganda negativa.
Além destas dicas, os palestrantes da 3ª Confraria Empresarial: Campo Bom destacaram a importância de os filhos serem introduzidos, aos poucos, no ambiente da empresa, do convívio harmônico de diferentes gerações no negócio e da ascensão profissional por meritocracia, seja por integrantes da família proprietária ou de outros, como ocorre na Campal, que possui como sócios dois ex-colaboradores.
Autoconhecimento e gestão das emoções
“Autoconhecimento e gestão das emoções também são fundamentais para empresários que queiram prosperar nesse ambiente”, explica o palestrante. Além disso, quando o clima entre familiares-sócios for muito pesado, pode se buscar participação externa de contadores, advogados e consultores para trazer outras emoções e atenuar o clima. Definir o coordenador desses encontros ("presidente" do conselho familiar), que seja alguém apaziguador que faça todos falarem e ouvirem, mantenha respeito e ordem e defina as pautas, fatores que ajudam a criar uma continuidade e afinidade.
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