Empresas devem controlar também os custos da não qualidade

Por ACI: 04/08/2024

Ao participar da reunião mensal do Comitê da Indústria na última sexta-feira, 02, coordenada pelo vice-presidente César Ramos, o engenheiro mecânico, mestre em engenharia de produção, consultor de indústrias e professor na Universidade Feevale Ricardo Gazzana Schneider disse que as empresas em geral costumam contabilizar os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis, mas não têm o mesmo cuidado em relação aos custos da não qualidade.

Eles referem-se a produtos ou serviços que não atendem aos padrões de qualidade estabelecidos ou às expectativas do cliente. Incluem tanto os custos diretos quanto os custos indiretos relacionados a defeitos, erros, retrabalho, devoluções, reclamações de clientes e outros problemas de qualidade. “Esses custos podem surgir em várias etapas do processo de produção e incluir custos de falhas internas, custos de falhas externas, custos de avaliação e custos de prevenção”, disse.

Os custos da não qualidade, conforme Gazzana Schneider, são prejudiciais às organizações, pois não apenas aumentam os custos de produção e diminuem a lucratividade, mas também podem afetar negativamente a satisfação do cliente, a reputação da marca e a competitividade no mercado. Portanto, é fundamental para as empresas identificar, medir e reduzir esses custos por meio de estratégias de prevenção e melhoria contínua da qualidade.

O consultor sugere utilizar, para a solução de problemas, o DMAIC, método composto de cinco elementos: definir, medir, analisar, improve (melhoria) e controle. Definir é o estágio de definição dos problemas a serem atacados devem responder algumas questões fundamentais. Na etapa de medição, é feita a validação dos dados ou a redefinição do problema. É nesta fase que a busca pelas causas-raízes do problema é iniciada. Na análise, os dados coletados são transformados em dados estatísticos (quando possível), através de métodos estatísticos apropriados.

A etapa de melhoria parte do ponto no qual já estão descobertas as características-chave do processo em análise. Por fim, na etapa de controle, ações de monitoramento são definidas para que o processo seja controlado continuamente, acompanhando os resultados e seu atendimento as metas estabelecidas. Finalmente, a responsabilidade do processo é transferida para avaliação dos benefícios financeiros obtidos.

Criação do plano para melhoria

Os principais fatores para o sucesso do programa são: 
- Alinhar os projetos as metas estratégicas da empresa,
- O projeto deve ter os primeiros resultados, mesmo que parciais, em curto prazo (deve refletir em métricas assim que identificadas as causas do problema, mesmo ainda sem as ações definitivas); 
- Divulgação do projeto, das equipes e das metas em todos os níveis hierárquicos da empresa,
- A empresa deve ter as competências necessárias para que os membros da equipe de implementação possam fazer uso das ferramentas de análise apropriadas. 

Outros assuntos

Sistema 3C – A coordenadora Maria Lúcia Chaves de Almeida fez a apresentação do Cadastro do Comércio de Calçados, que potencializa a inteligência comercial e a gestão de crédito das empresas associadas. O 3C é um sistema da ACI desenvolvido com exclusividade para gerar ainda mais performance para a indústria calçadista brasileira. Criado em 1971, conta com informações de mais de 60 mil lojistas cadastrados. A plataforma oferece informações valiosas que contribuem nas decisões estratégicas, voltadas especialmente para as áreas financeira e comercial. Feito da indústria para a indústria.

Visita à CIC e ao Simecs – No dia 25 de setembro, o Comitê da Indústria vai realizar visita de relacionamento ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e à Câmara da Indústria e Comércio de Caxias do Sul. 

Ações da ACI – O diretor Fauston Saraiva detalhou as ações recentes da entidade em benefício dos associados. Entre outras, manifestou-se contrária e acompanhou a votação do projeto que reajustou salários de categorias de servidores públicos do RS, sediou eventos do Pacto Calçadista, no dia 29, e de prefeitos da região, no dia 01, manifestou apoio ao projeto que reduz em 60% os impostos incidentes sobre softwares produzidos no Brasil e solicitou ao Ministério da Fazenda a isenção de IOF sobre as operações de crédito de empresas localizadas em municípios em situação de calamidade ou emergência no RS.

A entidade também realizou ciclo de palestras sobre gestão gastronômica de bares e restaurantes, para os quais promoverá um curso de capacitação a partir de setembro, e também lidera projeto que busca recursos para a ampliação da infraestrutura do Aeroclube de Novo Hamburgo, que deverá chamar-se Aeroporto Regional Pedro Adams Neto.

 

 

 

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