Licitações e comércio exterior reservam boas oportunidades de negócios às pequenas empresas
Por ACI: 08/10/2024
Duas atividades que podem render bons negócios, mas ainda não devidamente exploradas pelas pequenas empresas, foram detalhadas durante a Confraria dos Pequenos Negócios em Novo Hamburgo, que a ACI realizou nesta segunda-feira, 07 de outubro, no Restaurante do Locanda Hotel.
O evento teve moderação de Rosane Machado, vice-presidente de Micro e Pequena Empresa, que destacou o objetivo de conectar pequenos negócios da região para a formação de uma rede consolidada de empreendedores. “A Confraria está crescendo e chegando às regionais da ACI. Em setembro, foi realizada a primeira edição em Estância Velha, que voltará a receber a Confraria no próximo dia 21. Antes, no dia 14, Campo Bom realizará a edição inaugural”, explicou, destacando que o calendário de edições em 2025 já está sendo elaborado.
Oportunidade escondida
Na palestra de abertura, a Rosane Lima Mello, fundadora da RLM Consultoria, disse que as licitações são uma oportunidade escondida que precisa ser descoberta pelos pequenos negócios. Segundo ela, o Governo do Estado do RS, por exemplo, já fez 5 mil licitações e investiu R$ 4,1 bilhões em 2024, tendo adquirido de canetas e aeronave. Prefeituras e órgãos federais também realizam esta modalidade de aquisição de produtos, que independente de fronteiras geográficas, mas requer preparo, capacidade produtiva e documentação em dia dos participantes.
“Participar de licitações é uma forma de obter estabilidade financeira, conquistar visibilidade e credibilidade e realizar novos negócios, inclusive fora da região de atuação”, explicou Rosane, que auxilia empresas a participarem de licitações em todo o Brasil. Conforme ela, muitas licitações restam desertas por falta de participantes, geralmente por desconhecimento das empresas. “É preciso informar-se e dar o primeiro passo. Os processos são geralmente online e tranquilos. Não deixe as oportunidades passarem”, enfatizou.
Comércio exterior sem segredos
Na segunda palestra da noite, Sheila Bonne, especialista em comércio exterior e vice-presidente de Internacionalização da ACI, enfatizou que o comércio exterior não é um ‘bicho de sete cabeças’ e não é acessível apenas às grandes empresas, como muitos costumam supor, erroneamente. “Micro e pequenos negócios têm boas oportunidades de negócios no exterior”, disse Sheila, que atua há 20 anos no mercado internacional.
Conforme ela, 40,8% dos CNPs que exportam no Brasil são de micro e pequeno porte, totalizando 11 mil empresas e R$ 3,2 bilhões negociados em 2023. Isso indica que outras pequenas empresas podem seguir o mesmo caminho para realizar novos negócios, como os prestadores de serviços. O Brasil possui acordos de não bitributação com cerca de 30 países, por isso os preços de vendas podem ser mais competitivos. Sheila resaltou que couros e calçados são os produtos mais exportados pelo Vale do Sinos, que, assim como outros polos, tem o desafio de aumentar os embarques de produtos manufaturas, de maior valor agregado, para aumentar a receita.
“Não há porque as empresas dependerem apenas do mercado interno para realizar negócios”, acrescentou Sheila, que destaca que as culturas e os idioma de outros países são desafios perfeitamente superáveis por quem quer exportar, como, aliás, demostram as experiências de centenas de empresas já exportadoras. “O Brasil detém menos de 1% do comércio global, o que indica grandes oportunidades para as empresas, inclusive micro e pequenas que atuam na área de serviços”, concluiu.
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