Nova fase da NR-1 exige que empresas olhem para a saúde do ambiente de trabalho com mais seriedade

Por ACI: 14/04/2025

A partir de maio, a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) passa a exigir das empresas brasileiras uma atuação direta sobre os riscos psicossociais no ambiente de trabalho. A mudança, oficializada com a entrada em vigor do Anexo I da norma, inclui a necessidade de identificar, avaliar e mitigar fatores organizacionais que podem comprometer a saúde emocional dos colaboradores — como sobrecarga, metas desproporcionais, conflitos não tratados, falhas de liderança e ambientes de trabalho desestruturados.

Embora seja tratada por muitos como uma obrigação legal, a NR-1 traz à tona um tema estrutural nas empresas: a cultura organizacional. É nela que os comportamentos se consolidam, que as decisões se repetem e que o ambiente se define — com ou sem intenção. A causa dos riscos psicossociais está na cultura. Não se trata de fazer um diagnóstico clínico nos colaboradores, mas de revisar as práticas, posturas e rotinas da empresa que estão gerando sobrecarga emocional.

Especialistas em cultura organizacional apontam que os riscos psicossociais, hoje, não são exceções: são reflexos de rotinas mal organizadas, lideranças não preparadas e práticas normalizadas que geram tensão contínua. O adoecimento emocional no trabalho, que antes era tratado de forma isolada ou como problema individual, agora ganha peso legal e gerencial — exigindo das empresas uma nova postura.

Ao mesmo tempo em que representa um desafio de adequação, a nova NR-1 abre espaço para uma evolução importante no modo como as organizações gerenciam pessoas e constroem ambientes. Repensar processos, preparar lideranças, reorganizar rotinas e fortalecer valores — tudo isso, quando tratado com seriedade, reduz riscos, melhora o engajamento e impacta diretamente na produtividade e nos resultados da empresa.

A norma, portanto, pode ser vista como uma oportunidade de amadurecimento organizacional. Mais do que atender uma exigência, trata-se de promover coerência entre o que a empresa declara e o que ela entrega internamente. Organizações que tratam essa pauta com responsabilidade não apenas se protegem juridicamente — elas criam ambientes mais seguros, sustentáveis e preparados para crescer.

Fonte/Associada: Asellas - Consultoria em Cultura Organizacional, Experiência do Cliente e Marca

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