Projeção indica que atividade econômica terá crescimento moderado em 2025

Por ACI: 19/12/2024

Projeção feita pela equipe da SNA - Solange Neves Advogados, de Novo Hamburgo, indica que o PIB terá crescimento de 2,2% em 2025, impulsionado principalmente pelo consumo das famílias, pois o consumo do governo e a formação bruta de capital fixo devem apresentar taxas de crescimento mais moderadas.

O estudo sinaliza a existência de desafios à vista. “A inflação deve permanecer em torno de 4,5%, desafiando o controle de gastos e impactando o poder de compra da população. A taxa de desemprego média, por sua vez, deve se manter em 7,4%, com a necessidade de políticas para estimular a geração de empregos”, explica Alex Sandro Soares da Silva, integrante da equipe.

Já o mercado de trabalho brasileiro, conforme a projeção, deve apresentar crescimento em setores estratégicos, como serviços, tecnologia da informação e saúde, mas haverá necessidade qualificação. “O mercado exige mão de obra qualificada para acompanhar a evolução tecnológica e demandas por profissionais com habilidades específicas”, acrescenta Silva.

Política monetária: Selic em alta, mas com expectativas de queda

A taxa Selic deve permanecer em 13,75% ao ano no final de 2025, com a inflação ainda acima da meta. A partir de 2026, deve iniciar um ciclo de redução gradual, em linha com a convergência da inflação para a meta. O nível elevado da Selic pode impactar negativamente o crédito para empresas e famílias, limitando o crescimento da economia.

Câmbio: variações e impacto econômico

O dólar deve continuar em alta em 2025, influenciando o custo das importações e a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional. Isso pode desestimular investimentos estrangeiros no Brasil, impactando a economia brasileira. A volatilidade do câmbio pode gerar instabilidade na economia brasileira, dificultando o planejamento de empresas e consumidores

Setor público: déficit controlado, mas dívida alta

A equipe da SNA prevê déficit controlado no próximo ano. O resultado nominal do governo deverá permanecer em torno de -7,4% do PIB em 2025, refletindo a necessidade de controle das despesas e investimentos. Já a dívida bruta do governo deve alcançar 82,5% do PIB em 2025, exigindo medidas para garantir a sustentabilidade das contas públicas. A implementação de reformas estruturais, como a reforma tributária, é crucial para melhorar a eficiência da máquina pública e impulsionar o crescimento econômico.

Setor financeiro: crédito em expansão, mas com riscos

Em 2025, o crédito total deve crescer, impulsionado pelo aumento do consumo e da atividade econômica, mas há risco de inadimplência. O aumento do comprometimento de renda das famílias com o pagamento de dívidas pode elevar o risco de inadimplência. O setor financeiro também enfrentará desafios para equilibrar o crescimento do crédito com a gestão de riscos e a regulamentação.

Consumo das famílias

O consumo das famílias deve continuar sendo o motor da economia, impulsionado pela recuperação do mercado de trabalho e pela confiança do consumidor. O Brasil também deve receber investimentos em setores estratégicos, como infraestrutura, energia renovável e tecnologia, impulsionando o crescimento econômico, e as novas tecnologias e a transição para uma economia mais verde abrirão novas oportunidades de negócios e de crescimento para o Brasil.

Desafios e oportunidades

Em 2025, o Brasil enfrentará um cenário econômico complexo, com desafios e oportunidades. O crescimento do PIB deve ser moderado, impulsionado pelo consumo das famílias e pelos investimentos. No entanto, a inflação e o desemprego ainda representam desafios para a economia. O mercado de trabalho deve apresentar crescimento em setores estratégicos, mas a qualificação profissional é crucial para aproveitar as oportunidades. A política monetária deve manter a Selic em alta, mas com expectativa de queda gradual. O câmbio deve continuar em alta, impactando o custo das importações e a competitividade das empresas. O setor público deve controlar o déficit, mas a dívida pública continua alta. O setor financeiro deve continuar a expandir o crédito, mas com atenção aos riscos de inadimplência.

“Apesar dos desafios, o Brasil possui um grande potencial de crescimento e oportunidades emergentes em setores como tecnologia, energia renovável e agricultura. Com políticas públicas eficazes e investimento em capital humano, o Brasil pode alcançar um crescimento sustentável e inclusivo”, conclui Alex Sandro Soares da Silva.

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